Entrevistas
Madalena Venâncio
Maria Madalena Soares Venâncio tem 19 anos e frequenta a licenciatura em Gestão.
“Estive muito indecisa entre agronomia e gestão, mas cheguei à conclusão que mais facilmente poderia aprender a primeira em casa, pois a agronomia corre no sangue da família”.
É olivicultora desde que atingiu a maioridade, atividade que iniciou através da conceção de um projeto de Instalação como Jovem Agricultora. O projeto incide sobre as áreas de olivicultura e de produção animal. “Antes do início do projeto, já acompanhava o meu pai no campo e este surgiu naturalmente, como seguimento do que já se vinha a desenvolver”, afirma.
Começou a acompanhar o pai no campo desde pequena, principalmente na parte de produção animal. Tem especial carinho pelo olival da Charneca, pois foi o primeiro em que assistiu à apanha através de varejo, quando o olival era ainda tradicional. Depois, assistiu à sua modernização e acompanhou toda essa transformação.
Vê o seu futuro ligado indubitavelmente à olivicultura, mas refere que, apesar de toda a curiosidade que o processo de extração, embalamento e comercialização lhe desperta, a produção de azeitona em si “já dá pano para mangas”. Quando questionada sobre o que diferencia os azeites da Cooperativa dos outros, Madalena refere que é “a dedicação, não só dos produtores, mas da Cooperativa, em geral’’. O sucesso do azeite é fruto do trabalho de todos os envolvidos. Para não falar das propriedades únicas das nossas terras.”
Porque a Cooperativa é também um projeto de família, vê-se no futuro como sócia ativa, participando em Assembleias Gerais, integrando até os Órgão Sociais. “Não podemos só ter em conta o lado financeiro. A Cooperativa é um projeto de todos nós.”
Filha de um antigo presidente, acredita que “apesar de constituir uma grande responsabilidade, assumir um cargo nos Órgãos Sociais da Cooperativa permite-nos aprender muito e alargar os horizontes, ou seja, é uma experiência muito enriquecedora.”
Termina com um sorriso orgulhoso: “Lá em casa só utilizamos azeite. O meu pai não deixa usar óleo!”