Entrevistas
Francisco Correia Matado
Francisco Correia Matado é olivicultor e sócio da Cooperativa de Moura e Barrancos há 41 anos.
Desde pequeno ouvia os pais falar da Cooperativa e foi pouco depois de começar a trabalhar que soube que o seu futuro estaria ligado à Olivicultura e a Cooperativa.
Filho e neto de sócios, integra na primeira década do milénio a Direção da Cooperativa tendo, em três mandatos, deixado uma marca importante naquele que foi um dos seus períodos de maior evolução.
“O meu trabalho fundamental na Direção foi – naquela altura - dizer aos sócios que não se tem um hectare de olival para receber trinta contos.” Foi “mudar a mentalidade dos meus colegas”.
Atribui uma boa parte do sucesso da Cooperativa aos Presidentes que teve nos sucessivos mandatos e entende que, numa lógica de futuro, “estão a fazer-se as coisas certas”. Considera que para o sucesso da Cooperativa “o fundamental é manter os sócios unidos” e a aposta estratégica “no azeite embalado”.
Acredita que, graças ao trabalho desenvolvido diariamente pela cooperativa, os nossos sócios “são os que, ao olhar para um olival e para o tipo de terra, melhor sabem avaliar a qualidade da azeitona”.
Esta é uma das razões pelas quais considera que o consumidor deve escolher Azeite de Moura. A esta razão soma-se o facto de se diferenciar dos outros azeites, por juntar à variedade Galega – dominante em Portugal até há alguns anos - as variedades Cordovil e Verdeal, “que só existem na margem esquerda do Guadiana”.
“Se isto não for suficiente” - recomenda sorrindo - “comprem Azeite de Moura nem que seja por ser nosso! Se comprarem o dos outros, a gente fica pior!”